Não será propriamente pelo gélido clima continental que a Noruega se traduz como um dos países mais atraentes do mundo para quem procura uma oportunidade noutro país, mas sim pelas suas oportunidades de emprego que prospectivam uma alta qualidade de vida. As perspectivas salariais são elevadas, com as remunerações médias a rondarem os 4 mil euros brutos, chegando aos 8 mil para profissões qualificadas como Engenheiros, com cerca de 35% deste valor a ficar, no entanto, retido na fiscalidade. Em caso de doença, tem direito a baixa médica durante um ano, recebendo o salário por inteiro. A licença de maternidade dura um ano, onde é pago 80% do salário. Já no caso da paternidade, dura três meses e o salário é pago por inteiro.
Num país onde a taxa de desemprego pouco ultrapassa os 3 pontos percentuais, o recrutamento de Engenheiros é um dos principais atractivos desta nação escandinava, seguido de profissionais ligados ao Marketing e à Economia. A legislação norueguesa apenas prevê um máximo semanal de 37.5 horas de trabalho, sendo qualquer minuto extra obrigatoriamente pago aos trabalhadores. Por ano, o trabalhador tem direito a 25 dias de férias (ou 30, se tiver mais de 60 anos de idade).
Entusiasmado? Basta pegar no seu CV em inglês e começar a procurar. Onde? Deixamos uma lista de sites que o podem ajudar:
- www.nav.no (site da site da Administração do Trabalho e Previdência Social Norueguês)
- www.workinginnorway.no
- www.legejobber.no
- www.monster.no
- www.karrierestart.no
- www.jobb24.no
- www.tu.no/karriere
- www.stillinger.no
Impostos
Como nas restantes nações escandinavas, a Noruega é um dos poucos países mundiais que mantém um sistema social baseado na providência. Quer isto dizer que o estado Norueguês garante que todos, sem excepção, tenham acesso gratuito à saúde, educação, bem como a outras regalias sociais consideradas básicas. No entanto, estes serviços inteiramente gratuitos são pagos pelo labor dos cidadãos que, todos os anos, descontam parte do seu salário que a sociedade se auto-regule. Assim sendo, a carga tributária é elevada e pode atingir os 36% do salário bruto de um trabalhador.
Seguindo os valores da equidade social, quanto maior for o seu salário, maior será a listagem de descontos retidos na fonte. Ao trabalhador, apenas chega o montante líquido do salário, sendo toda a carga tributária paga directamente pela entidade patronal ao estado.
Os impostos são elevados e podem atingir 36% da sua massa salarial mas o estado garante serviços relacionados com educação, bem como um sistema público de saúde completamente gratuitos.
Habitação
Se está a pensar ir para a Noruega se ter garantido já um emprego garantido prepara-se, dado que o elevado custo de vida pode ser um entrave inicial bastante degradável. De facto, o custo de vida do país é altíssimo quando comparado com a realidade portuguesa, algo que se reflecte na habitação. Dificilmente encontra um T1 por menos de 1000 euros mensais, sendo ainda exigido dois a três meses pagos ao princípio. Por um quarto, dificilmente se encontra por menos de 500/600€ mensais.
Tendo em conta os elevados salários, estes preços são considerados “normais” para quem já trabalha na Noruega. Para quem vai sem garantias, estes preços exigem uma reflexão prévia.
Pode estudar o mercado de habitação a partir dos seguintes links:
Quando encontrar casa, prepara-se para pagar dois a três meses de adiantamento. A Noruega é um destino atractivo mas precisará de algum conforto financeiro para se aventurar no país.
Educação
O sistema educativo norueguês é gratuito e obrigatório para todos os jovens com idade compreendida entre os 6 e os 16 anos. O sistema divide-se em três partes: Ensino Primário (Barneskole, obrigatório dos 6 aos 13 anos), o ensino secundário inferior (Ungdomsskole, obrigatório dos 13 aos 16 anos), e o ensino secundário (Videregående Skole, dos 16 aos 19 anos).
Ensino Primário (Barneskole)
Onde tudo começa. As crianças são introduzidas ao sistema educativo e passam o primeiro ano a desenvolver-se com jogos educativos, estruturas sociais, aprendem o alfabeto, algumas habilidades matemática básicas e são introduzidos à língua inglesa. Nos anos seguintes, enfrentam um ensino multifacetado, onde a matemática, o norueguês, o inglês, a ciência, a estética, o desporto e a religião (todas as religiões são abordadas por igual) são uma realidade, complementadas no último ano do ensino primário pela geografia, história e outros conhecimentos sociais. Durante o ensino primário, os alunos não enfrentam qualquer tipo de avaliação quantitativa, apenas são sujeitos a comentários por parte dos professores que analisam o desenvolvimento do estudante.
Ensino Secundário Inferior (Ungdomsskole)
Será o nível que corresponde ao 2º e 3º ciclos em Portugal. Nesta fase, os alunos noruegueses enfrentam, pela primeira vez, avaliações quantitativas que vão definir o seu percurso mais tarde. Para além das disciplinas habituais no plano de estudos dos países ocidentais, há ainda uma aposta muito grande nas línguas, sendo disponibilizado o alemão, francês e o espanhol, bem como níveis técnicos de inglês.
Ensino secundário (Videregående Skole)
O último passo antes do ensino superior. Não é obrigatório mas é frequentado por uma esmagadora maioria dos estudantes noruegueses que o frequentam até aos 19 anos. Na Noruega, o ensino secundário público é frequentado por 93% dos estudantes, com apenas 7% a optarem pelo ensino privado.
Ensino Superior
A Noruega tem 6 Universidades, para além de institutos superiores especializados, faculdades públicas e institutos de ensino privados. O país providencia todos os programas educativos habituais, sendo necessária a conclusão do ensino secundário para poder integrar o ensino superior. Regra geral, os estudantes não pagam qualquer tipo de propinas ou mensalidades para frequentar o Ensino Superior.
Língua
Tal como em todos os países escandinavos, a grande maioria da população norueguesa domina o inglês. No entanto, será certamente valorizado no mercado de trabalho local se dominar o norueguês (sueco ou dinamarquês, pela sua semelhança, também são valorizados) e sentir-se-á mais confortável no país. Até por isso, são muitas as empresas que oferecem cursos de norueguês a trabalhadores estrangeiros.
Caso parta da sua iniciativa, fique a saber que a mensalidade de um curso de norueguês pode perfeitamente atingir valores a rondar os 500 euros mensais, pelo que não será de descurar tirar um curso ainda em Portugal, caso haja essa possibilidade.
A grande maioria dos noruegueses é fluente em inglês mas o conhecimento (ainda que básico) da língua local valoriza-o no mercado de trabalho.
Tirado daqui.